Recados Para Orkut

href="http://www.recados-orkut.com" title="Recados Para Orkut" target="_blank">[red][/red]

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

                                                                                             Muita paz!

domingo, 30 de setembro de 2012


Não apresses a chuva,

ela tem seu tempo de cair

e saciar a sede da terra;



não apresses o por do sol,

ele tem seu tempo de anunciar

o anoitecer até seu último raio ;



não apresses a tua alegria,

ela tem seu tempo para aprender

com a tua tristeza;



não apresses teu silêncio,

ele tem seu tempo de paz

após o barulho cessar,



não apresses teu amor,

ele tem seu tempo de semear

mesmo nos solos mais áridos

do teu coração;



não apresses tua raiva,

ela tem seu tempo para

abrir-se nas águas mansas

da tua consciência;



não apresses o outro,

pois ele tem seu tempo

para florescer aos olhos

do Criador;



não apresses a ti mesmo,

pois precisas de tempo

para sentir a tua própria

evolução.



(Autor desconhecido)































Enviar via email 399































terça-feira, 8 de maio de 2012








Luz Sublime



                                                   Auta de Souza




Guarda contigo a fé por luz sublime,

constantemente acesa trilha afora,

que nada te detenha ou desanime,

o esforço de servir que te aprimora.

O sofrimento é benção que redime,

Valoroso cinzel ferindo embora,

E fardo que sustentas, se te oprime,

É o generoso apoio que te escora.

Recorda o Mestre Amado e continua

Plantando amor na gleba triste e nua,

Dos corações crivados de amargores...

E encontrarás ao termo dos teus passos

O Cristo que, a sorrir, te estende os braços,

Do seu Reino de excelsos resplendores!





Mãe Sozinha

 

 

Mãe Sozinha




Dizem "mulher da alegria",

Quando ela passa na rua;

A pobre mãe continua,

Os olhos fitos no chão!...

Quanto fel, quanta agonia

Nessa mulher que condenas!...

Ninguém lhe conhece as penas

Cravadas no coração.



Tristeza no desconforto,

Sem palavra que a revele,

Trapos dourados na pele,

Traz a angústia por dever.

Viúva de um vivo morto,

Ei-la que segue sozinha,

Tem ao longe, a pobrezinha,

Um filho quase a morrer.

Já bateu a tanta porta,

Já pediu a tanta gente!...

Dói-lhe a ferida pungente

De ter sido mãe sem lar;

Abatida, semimorta,

Apenas vê no caminho

A febre e a dor do filhinho

Que a morte lhe quer roubar.



Tu que cresceste na estrada,

Desde o berço de ouro e rendas,

Entre mimos e oferendas

De paz, segurança e luz,

Fita essa mãe desolada,

Na penúria que a consome...

Talvez que ela tenha fome

Ao peso da própria cruz.



Não lhe zombes da amargura,

Também foi criança, um dia,

Brincava, estudava e ria,

Rosa ao fulgor da manhã;

Também foi bela e foi pura,

Hoje, nas mágoas que trilha,

Podia ser nossa filha

Assim como é nossa irmã.



Mãe na dor!... Bendita seja!...

Escrava de toda hora,

Honra as lágrimas que chora,

Nas dores por onde vai!...

Sem esposo que a proteja,

Sem arrimo, sem tutela,

Em Deus que sofre com ela

Encontra a Bênção de Pai.



Xavier, Francisco Cândido.

Da obra: Caridade.

Ditado pelo Espírito Irene de Souza Pinto.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A visão de cada um.


Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.
Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famí­lias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à  espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela. A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos.
Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-í­ris. Árvores velha e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.Dias e semanas passaram. Uma manha, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido, calmamente, enquanto dormia.
Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.
Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela...
Que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à  enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede.
"Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Reflitam... 

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente.
A origem desta carta é desconhecida.

sábado, 24 de dezembro de 2011

SUPLICA DE NATAL.


Súplica do Natal
Amado Jesus:
na excelsa manjedoura que te esconde a glória sublime, ouve a nossa oração!
 Ajuda-nos a procurar a simplicidade que nos reúne ao teu amor...
Auxilia-nos a renascer dentro de nós mesmos, buscando em Ti a força para sermos,
em Teu Nome, irmãos uns dos outros!
Mestre do Eterno Bem, sustenta as nossas almas a fim de que
a alegria de servir e ajudar nos ilumine a senda,
não somente na luz de teu Santo Natal,
mas em todos os dias, aqui, agora e sempre...

Aos queridos amigos irmãos,um grande abraço fraterno.
Muita paz!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

NÃO TEMAS


Não temas relâmpago a iluminar
célere as trevas
Lembre-se que a luz
vence as trevas, sempre
Porque temer se podem te ajudar
a encontrar uma vela?
Não temas o trovão a ribombar
pela amplidão celeste
Lembre-se que é apenas som, conseqüência
Porque temer se Deus se mostra poderoso?
Não temas o raio a riscar o ar e
partir penhas e árvores
Lembre-se que eles são necessários
ao equilíbrio natural
Porque temer se você pode assistir
a um espetáculo?
Não temas o vento a açoitar
copas e telhados, janelas e portas
Lembre-se que é ele mesmo
quem dissipa a tempestade,
apesar de a ter feito
Porque temer se no fundo ele é brisa?
Não temas as obras que Deus faz,
ainda que estas pareçam assustadoras
Lembre-se que Ele tem propósito
em toda a Sua criação,
para Sua Glória
Porque temer se tu és o auge da
Sua criação e por ti deu Seu Filho?
Fábio Roberto Rodrigues

MESMO COM LÁGRIMAS



Mesmo com Lágrimas
Quanto mais dolorosa a marcha,
Maior o auxílio do Senhor
para os que edificam o bem.
Ainda mesmo com lágrimas
Saibamos sorrir, à luz da esperança,
Consciente de que Jesus permanece velando.
- Bezerra de Menezes -

A TI MESMO DEVES PROMETER.


A ti mesmo deves prometer:
1 - Ser tão forte que nada seja capaz de perturbar
a paz de sua mente;
2 - Falar a todos quanto encontrares, de felicidade,
de saúde e de prosperidade;
3 - Ser tão justo e tão entusiasta a respeito
do êxito dos outros, quanto
o és em relação ao teu próximo;
4 - Esquecer os erros do passado e concentrar
as tuas energias nas grandes
conquistas do futuro;
5 - Dar a todos os teus amigos a impressão de
que possuem valor;
6 - Pensar somente no melhor, trabalhar unicamente
pelo melhor e contar
exclusivamente com o melhor;
7 - Ter a firme convicção de que o mundo está
ao seu lado enquanto te
mantiveres fiel ao que de melhor em ti existe;
8 - Antes de falar, pensa cuidadosamente
se o que vais dizer é
verdadeiro, bom e útil; e se carece destas três
qualidades, abstem-se de o dizeres;
9 - Manter sempre um semblante alegre, oferecendo
um sorriso para todas as
criaturas que encontrares no teu caminho;
10 - Aplicar tanto tempo no melhoramento de ti
mesmo que não te sobre um
único momento para criticar os outros;
11 - Ser demasiado grande para te afligires,
demasiado nobre para te
irritares, demasiado forte para que te
invada o temor, demasiado feliz para
sentires contrariedades;
12 - Ter excelente opinião de ti mesmo e proclamar
isso ao mundo, não com
altissonantes palavras senão com grandes obras.
( Autor Desconhecido)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SABIAS PALAVRAS.








Sê generoso na prosperidade e grato no infortúnio.
Sê digno de confiança de teu próximo e dirige-lhe um olhar alegre e amável.
Sê um tesouro para o pobre, um conselheiro para o rico;
Responde ao apelo do necessitado e preserva sagrada a tua promessa.
Sê imparcial em teu juízo e cauteloso no que dizes.
A ninguém trates com injustiça e mostra toda humildade a todos os homens.
Sê como uma lâmpada para aqueles que andam nas trevas,
Sê causa de júbilo para o entristecido, um mar para o sequioso,
Um refúgio para o aflito, um apoio e defensor da vítima da opressão.
Que a integridade distinga todos os teus atos.
Sê um lar para o estranho, um bálsamo para quem sofre,
Uma torre de força para o fugitivo.
Para o cego deves tu ser olhos, e
Para os pés dos errantes, uma luz que guie.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

FRANCISCO CHAVIER.

DESAFIOS







DESAFIOS

A vida é cheia de términos e novos começos.
A cada curva há algo que nos desafia,
seja o novo, formidável, ou simplesmente o familiar.
O que para uns é uma montanha intransponível,
para outros um desafio a vencer.
O que se torna sombrio para alguns
ainda permanece iluminado para outros.
Os otimistas vêem o caminho à frente,
os pessimistas ficam tão ocupados
em olhar para trás que não conseguem
ver a solução bem diante deles.
Se ficarmos segurando a corda
que nos arrasta para trás
não teremos mãos livres
para agarrar a corda que nos
puxa para frente.

domingo, 18 de setembro de 2011




Pai Nosso de Monsenhor Horta 


Pai nosso que estais no céu
Na luz do céu infinito
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja Teu nome sublime
Que em todo o Universo exprime
Concórdia, ternura e amor;
Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade,
De paz e caridade,
Na estrada da redenção;
Cumpra-se Teu mandamento
Que não vacila e nem erra,
No céu como em toda terra,
De lutas e sofrimentos;
Perdoa-nos, Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De sofrimentos e de dor;
Auxilia-nos, Senhor,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos
Que vivem distantes do bem,
Com a proteção de Jesus;
Livra nossa alma do erro,
Deste mundo de desterro
E distante da Tua luz;
Que a nossa ideal igreja,
Seja o altar da caridade,
Onde se faça a
Vontade de vosso amor.
Que assim seja!


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

AGRADEÇO SENHOR!





Agradeço, Senhor! 
(Maria Dolores)
Agradeço, Senhor,
Quando me dizes, “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.
Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho,
Mero capricho, simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...
Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o “sim”,
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.
Em muitas circunstâncias, rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir meu dever.
Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor!...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011








Bom velhinho
                                RoseRolim     

O bom velhinho seguia pela estrada.
 Estava roto, faminto, com as pernas doloridas pela caminhada, mas não havia mágoa em seu olhar, pois compreendia a dor que o torturava.
Vivera só com a esposa amada, não tiveram filhos, mas ela já se fora para a Vida Eterna e ele agora só, doente cansado, com os cabelos prateados pelo tempo, seguia seu caminho.
Por vezes trôpego, tornozelos inchados, doloridos, repousava à sombra de uma arvore e em silencio, com seus olhos fechados, agradecia ao Pai Eterno,
por poder sentir a natureza, e então refeito, seguia pela estrada sem rumo, sozinho,  sem teto.
De vez em quando era interpelado por pessoas que o maltratavam, julgando-o louco ou bêbado, pela maneira maltrapilha e cambaleante do seu modo de andar devido as dores que o fustigavam.
Diante de tudo o velhinho sorria..
Nunca proferira uma má palavra ou um escárnio.
Nos momentos mais dolorosos quando a fome tirava-lhe as forças,
recebia de pessoas bondosas um prato de refeição bem quentinha.
Agradecia louvando a Deus, mas se alguém por ali estivesse e com os olhos brilhantes pelo cheirinho bom do prato fumegante, aquele olhar que ele bem conhecia, sem duvidas repartiria com o irmão o alimento abençoado e agradecia aos Céus por essa benção.
E pela estrada seguia o bom velhinho!
Um dia...  sentiu se estranho. Notou que o solo  faltava lhe sob os pés.
Seus olhos embaçados por um momento não podiam ver, mas de repente... em um segundo, “sentiu” toda a sua vida lhe passando pela mente.
Uma calma estranha lhe chegou ao coração, sabia o que estava acontecendo, então mais uma vez em prece chorou emocionado.
Com lagrimas de alegria banhando seu rosto, sentiu nas suas, as mãos de sua esposa amada. Chorou...calmo remoçado, recompensado pelo sofrimento, de mãos dadas com sua jovem esposa, lá vai o bom velhinho *volitanto pela estrada!

* volitando ou levitando.

sábado, 3 de setembro de 2011

O MENINO

                                                          



                                                        O MENINO.
                                                                            
                                                                                 RoseRolim
.
O menino, apenas 12 anos, ajudava o pai a carregar pesado feixe de lenha.
Tropeçando, apressado, pois seu pai já havia tomado a dianteira, seguia o menino.
Gorro surrado pelo uso, enterrado até as orelhas, narizinho vermelho pelo frio, o menino pensava.
- Mamãe nos espera com uma bela tigela de sopa quentinha.
Seu estomago vazio desde o almoço, ansiava um prato bem cheio da sopa deliciosa que sua mãe fazia com as hortaliças que ele ajudava cultivar. Tinha o pão, caseiro que sua mãe preparava... Huuum que delicia.
Já avistavam a casa humilde, dois cômodos grandes, onde se ajeitavam seus pais, seu irmão Paulo e irmãzinha Neiva com apenas dois aninhos.
O quarto era dividido por uma cortina, o que transformava o aposento em dois. André e Paulo tinham seu quarto!
Neiva dormia com seus pais no outro lado da cortina.
Dona Jacira senhora robusta, um pouco obesa, honesta e trabalhadora, era mãe exemplar, Queria muito que seus filhos estudassem, “para ser alguém na vida.” Dizia.
André sabia ler,escrever, pois sua mãe com muito carinho passava-lhe seu conhecimento, mas ele sabia da preocupação dela quanto ao seu futuro.
As vezes antes que o sono viesse, André ouvia sua mãe conversando sobre o futuro incerto de seus filhos.
-Antenor... Como fazer para que André estude, aqui no mato, os recursos são poucos, a Vila é longe, como mandar André estudar?
-Calma Jacira... Deus há de dar um jeito.
-Sim Antenor, mas você também tem que se espertar, não pode ficar esperando que Deus dê jeito pra tudo homem.
_ Tá... amanhã conversamos, to tão cansado...
_André queria muito estudar, “ser alguém na vida”, quem sabe seria médico, ou dentista...levaria seus pais e irmãos pra cidade, compraria uma televisão...
Embalado pelos pensamentos pegou no sono.
A manhã estava radiante. O sol penetrava pelo pequeno orifício, um nozinho da madeira que se desprendera com o tempo.
Seu pai queria concertá-lo, mas André lhe pedira para deixar, gostava de colocar a mão em concha sobre a claridade que entrava nas manhãs de sol,
ou espiar pela fresta as galinhas,os patos no quintal, bem ali perto da horta, apenas separada das aves por uma cerquinha de bambu, muita vezes via sua mãe na horta, ela sorria sentindo o olhar de seu filho, André sorria também.
Pulava da cama quando sua mãe entrava, a pequena mesa estava posta, pão caseiro, mel, queijo, no fogão de lenha, o café, o leite que vinha do sitio do seu Manoel, visinho um pouco distante, mas que passava sempre por ali, trazendo o leite, levando o queijo que dona Jacira e seu Antenor faziam e que era vendido na aldeia.
-Se lave e escove os dentes André... Hoje seu pai vai te levar pra Vila, é bom você ir conhecendo as pessoas, quero que estude, quem sabe nos mudamos pra
lá pra você começar a estudar. Ponha essa roupa, ta- limpinha.
Ir pra Vila, que maravilha...
-Cadê o pai, mãe?
- Ele ta vindo, se aprume menino, é bom sair cedo, anda com esse café.
O menino mastigou com gosto, tomou o café com leite a grandes goles.
 -To pronto mãe, cadê o pai?
- To aqui filho, já vamos.
Os dois saíram alegres.
–Vão com Deus.
-Fiquem com Ele, responderam juntos.
A Vila era linda mesmo, tinha açougue, padaria, farmácia, escola.
-Olha pai que bonita a escola.
-Pois não é? É mesmo uma belezurra!!
Seu Antenor fazia as compras para a casa e André acompanhava tudo, maravilhado, primeira vez que ia à Vila, parecia sonho.
-Venha menino, vamos sentar ali pra comer o almoço que sua mãe preparou, ta com fome?
-Tô pai.
-Antenor, ôô  Antenor!!!!, home de Deus que desgraça...
-Que foi seu Manoel???
-Antenor, dona Jacira..., ta morta... morreu cuidando da horta, passei lá pra buscar o queijo...
-Meu pai ficou branco, de sua boca não saiu nem um gemido, pegou-me as mão e me guiou até a carroça, o caminho de volta foi muito sofrido.
Os cavalos iam mais devagar que nunca, meu pai mal tocava as redias.
De uma certa altura pudemos ver nossa casa. Havia algumas pessoas no lado de fora, a nossa espera.
-Que desgraça seu Antenor, que será de oceis, sem Jacira...
-Menino,vai lá com seus irmãos vai?
Que dor atroz eu sentia, não é verdade meu Deus, não pode ser verdade...
Já anoitecia, puseram mamãe num caixão que fizeram, a mesa no quarto, perto da cama do casal. Aquele cheiro de velas, ficaria pra sempre comigo.
Meu pai, abobalhado, não chorava, não falava, até que seu Juvêncio lhe trouxe uma garrafa de pinga.
-Beba Antenor, vai te fazer bem.
Mamãe sempre dizia que bebida faz mal, nunca vi meu pai beber. até aquele dia.
Mas ele bebeu e muito. Passou a noite bebendo.
Logo de manhã, levaram mamãe pra ser enterrada debaixo das árvores.
Meu pai, não conseguiu acompanhar o enterro, eu fui com dona Corina, que não desgrudou de mim e meus irmãos nem um minuto.
Vez ou outra chorava e dizia, Deus toma conta dela, que será dessas crianças? Seu eu pudesse ficava com elas, mas bem sabe Senhor...
Olhava pra mim e se calava. Eu não tinha pensado o que seria de nós, mamãe ia fazer tanta falta, mas tinha nosso pai, com certeza tomaria conta de nós.
Chegamos em casa.
- Olha seus filhos Seu Antenor, a vida precisa continuar. Para de beber homem.
Dona Corina se foi, papai entrou no quarto.
Ficamos ali, parados meus irmãos e eu.
Tá com fome Neiva?
-Tô, respondeu, cadê a mãe?
_Tá no Céu, disse Paulo olhando rapidamente para mim, foi dona Corina que disse!
-Ta no Céu sim...
-E quando vai voltar? Quero a mãe.
Choramos juntos.
Papai transpassado pela bebida estava alheio à tudo.
Dormimos todos no nosso quarto aquela noite.
Aquele cheiro de vela...
De madrugada, com os olhos ardendo pela noite mal dormida, ouvi barulho, meu pai tropeçara no banco.
-É o sr. Pai?
Me levantei as pressas.
Meu pai acabara de sair. Pude ver que ele levava uma corda na mão.
Foi a ultima vez que eu vi meu Pai.
Cuidei de meus irmãos da medida que eu podia, meu pai não voltava...
Passou um dia, uma noite outro dia, sei lá quantos depois, chegou em casa dona Corina.
Olhos vermelhos chegou chorando e dizendo:
-Tadinho de vocês...Que será de vocês meu Deus.
Então eu soube que meu pai havia se enforcado e tinha sido enterrado por lá mesmo.
- Chorei muito, sem mãe sem pai...
Minha dor era tamanha que nem pensei o que seria de nós, só queria minha mãe meu pai ali por perto.
Dona Corina nos levou para a casa dela, mas foi logo dizendo:
-È por pouco meus filhos eu não posso criá-los.
-Eu gostava da dona Corina, fazia tudo para ajudá-la, cuidava de meus irmãozinhos, da horta, dava de comer às galinhas, mas um dia...
-Sinto tanto meus queridos, muito mesmo...
Vou leva-los à Vila tem umas famílias lá que cuidarão de vocês.
-Neiva logo agradou seu José da farmácia e sua esposa Isaurinha, casal novo mas sem filhos, Paulo fora levado pelo seu Seu Antonio, só me lembro o nome.
E Eu? Ninguém me queria... Era velho demais, como pode? Eu era criança.
Dona Corina me explicou:
_ Você espera um pouco que alguém há de te querer.
-Mas esperar onde?
-Na casa do carroceiro, ele vai te dar emprego.
-Mas e a nossa casa?
-Vendi, foi com esse dinheiro que cuidei de vocês.
-Mas e meus irmãos?
-Haa meu filho, eles estão amparados.
-Mas eu vou poder vê-los?
-Já isso eu não sei, acho que as famílias não vão gostar.
-Mas...
-Fica com Deus filho, tenho que ir, tá tarde.
_E lá eu fiquei na Casa do seu Geraldo, homem rude mas, bom. Deu-me um quartinho nos fundos, cheio de arreios e cordas, de vez em quando me lembrava do pai, Eu via-o segurando uma daquelas cordas.
-Vou estudar...A mãe queria tanto...
-Seu Geraldo... quero estudar...
-“Eita menino, cê num tem tempo não”.
- Deixa seu Geraldo, estudo de noite.
-“Vamo vê, vamo vê”..
O tempo passava e nada .
Estava já com quase treze anos, não podia nem chegar perto da nova casa de Neiva que me ameaçavam com policia, Paulo, sabe Deus onde anda mais seu Antonio...
Vou estudar nem que tenha que fugir, a vou.
E foi o que eu fiz.
Esperei o dia de Santa Rita.
Tinha um festão na Aldeia, vinha gente da cidade pra visitar a santa, romaria e tudo, coisa mais linda.
Fiquei por ali e como quem não quer nada, segui um pessoal que eu sabia era da cidade.
- Hei menino...
Gelei.
-Euu??
-Você mesmo, onde estão seus pais?
_Logo mais ali adiante.
-Por que você não está com eles?
-Minha família é muito pobre, fiquei por aqui pra ver se me oferecem o de comer.
-Pois eu te ofereço, mas depois procure seus pais.
 Não é bom ficar sosinho.
-Ta bom moço, obrigado.
-Aquele pão com mortadela e o suco de caju era a melhor comida que eu já provara, huuuum muito bom.
-Agora que já comeu...
Um desespero tão forte  apoderou-se de mim. Comecei a chorar, lembrando na mãe, no pai nos irmãos, eu estava só...
-EEEE menino que é isso, por que o choro?
Não agüentei mais e entre soluços contei tudo ao moço. Logo senti suas mãos em meus cabelos, igualzinho a mãe fazia pra me consolar de alguma coisa.
-Por hoje vamos acampar aqui, amanhã voltaremos para a Aldeia. Quero conversar com seu Geraldo.
Uma grande paz invadiu-me.
-Seu Geraldo, bom dia!
-Bom dia moço, vejo que trouxe o pirralho fujão.
-Pois é... Quero ficar com o menino.
-“Pois inte pode, se acerta as dispeza”
-Pelo que eu soube ele trabalhava para o sr.
-‘Lá é mai... num cubria os gasto, esse pirralho come.
-Pois vou levar o menino e o sr. se quizer vá se queixar para o juizado de menores.
-“Num carece, leve o minino...”
Meu coração parecia que ia sair do peito de tanta felicidade, ia ter um lar, estudar. Ó bom Deus...
Vinte anos se passaram. Hoje sou Dr.André, bom médico, visito sempre meus irmãos que também estudaram e vivem bem.
Cada dia de minha vida eu agradeço, a Deus por ter me mandado pais adotivos, tão maravilhosos.Minha mãezinha, meu paizinho, aonde quer que estejam sei que estão nos vendo e torcendo por nós.
Muita paz!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MARIA DOLORES (Biografia)

                                                                        

                                                           Maria Dolores (Biografia).

 Maria de Carvalho Leite, a conhecida Maria Dolores no Espiritismo, renasceu em Bonfim da Feira (Bahia) em 10 de setembro de 1901 e desencarnou, vitimada por pneumonia, em 27 de julho de 1958; teve três irmãos e duas irmãs; seus pais terrestres foram Hermenegildo Leite e Balmina de Carvalho Leite.
Maria Dolores, também chamada de Madô e de Mariinha, diplomou-se professora em 1916 e lecionou no Educandário dos Perdões e no Ginásio Carneiro Ribeiro, ambos em Salvador - Bahia; durante sua vida dedicou-se à Arte Poética e foi redatora-chefe, durante 13 anos, da página feminina do Jornal O Imparcial, além de colaborar no Diário de Notícias e nO Imparcial: sua produção poética foi reunida no livro Ciranda da Vida cujos recursos financeiros foram destinados à instituição Lar das Meninas sem Lar.
Casada com o médico Odilon Machado, de alguns anos desquitou-se sem ter filhos do próprio ventre; talvez por isso dedicou-se ao Lar das Meninas sem Lar, amparando crianças de outras mães, chegando, inclusive, a abrigar crianças em sua própria casa.
Posteriormente ao desquite e residindo em Itabuna – Bahia, conheceu o italiano Carlos Carmine Larocca, radicado no Brasil, e com ele constituiu novo lar.
Ainda em Itabuna, adotou por filha, em 1936, Nilza Yara Larocca; em 1947 mudou-se para Salvador com o novo companheiro e ajudando-o na administração do Café Baiano e da tipografia A Época, ambos de sua propriedade.
Em Salvador, adotou por filhas Maria Regina e Maria Rita (1954), Leny e Eliene (1956) e Lisbeth (1958).
Maria Dolores foi membro da Legião da Boa Vontade a quem prestou serviços de beneficência, partilhando seus dons de pianista, pintora, costureira e dedicada à arte culinária.
Maria Dolores também foi colaboradora ativa da obra de Divaldo Pereira Franco: em 15 de agosto de 1952 foi fundada a Mansão do Caminho, sendo que algumas das primeiras louças e talheres foram por ela doadas, além de trabalhar voluntariamente na Mansão, incluindo-se a confecção de cartões de Natal, pintados por suas mãos para serem vendidos em benefício daquela Casa.
A partir do ano de 1971 e na condição de espírito livre tornou-se ativa escritora através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier: contos em versos, poemas e trovas.
A relação de suas obras individuais recebidas por Chico Xavier e publicadas por várias editoras espíritas do país é a seguinte:
-Antologia da Espiritualidade, publicada pela Federação Espírita Brasileira em 1971;
-Maria Dolores, publicada pelo Instituto Divulgação Editora André Luiz (IDEAL) em 1977;
-Coração e Vida, publicada pelo IDEAL em 1978;
-A Vida Conta, publicada pela Cultura Espírita União (CEU) em 1980;
-Caminhos do Amor, publicada pela CEU em 1983;
-Alma e Vida, publicada pela CEU em 1984;
-Dádivas de Amor, publicada pelo IDEAL em 1990.
Em várias obras mistas, em prosa e verso, de Chico Xavier existem dezenas de produções poéticas de Maria Dolores, sobretudo com temáticas para o Natal e dia das Mães: escreveu o livro mediúnico Somente Amor em parceria com o espírito MEIMEI e publicado pelo IDEAL no ano de 1978.
Em vários livros psicografados por Chico Xavier tem-se o acerco de 18 trovas escritas por Maria Dolores:
–duas em Chão de Flores, publicado pelo IDEAL em 1975;
-uma em Notícias do Além publicado pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE) em 1980;
–uma em Praça da Amizade, publicado pela Cultura Espírita União (CEU), em 1982;
–uma em Recados da Vida, publicado pelo GEEM em 1983;
–três em Os Dois Maiores Amores, publicado pela CEU em 1983;
-uma em Sementes de Luz, publicado pelo IDEAL em 1987;
–duas em Roseiral de Luz, publicado pela União Espírita Mineira em 1988;
–duas em Pétalas da Primavera, publicado pela União Espírita Mineira em 1990;
-uma em Fulgor no Entardecer, publicado pela União Espírita Mineira em 1991;
–uma em Uma Vida de Amor e Caridade publicado pela Editora Fonte Viva em 1992;
–três em Preito de Amor, publicado pelo Grupo Espírita Emmanuel S/C Editora (GEEM) em 1993.
De 1971 a 2002 foram trinta e um anos em que Maria Dolores esteve associada ao mandato mediúnico de Chico Xavier: suas obras mediúnicas e individuais ultrapassam o número expressivo de 180 mil exemplares vendidos.
Prefaciando suas obras mediúnicas individuais, o espírito Emmanuel assim qualifica Maria Dolores: "denodada obreira do Bem Eterno", "intérprete de Jesus", "alma abnegada de irmã", "irmã querida", "poetisa da vida", "Mensageira da Espiritualidade", "devotada Seareira do Bem", "irmã e companheira nas tarefas da Vida Maior", "nossa irmã e benfeitora", "Poetisa da Espiritualidade Superior".
As criações poéticas de Maria Dolores, sob as formas de poemas e trovas, não fazem apologia da arte pela arte; pelo contrário, sua finalidade político-pedagógica é traduzir observações e vivências na "exaltação do Bem sob o patrocínio de Jesus" e contribuir para a sublimação dos sentimentos humanos.

POEMA (Meimei)


                      
 
 
 
 
  Poema         
 
Meimei

Desejava, Jesus,
Ter um grande armazém
De bondade constante
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
As criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade
Sem perguntar a quem.
Eu desejava ter um braço mágico
Que afagasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubesse
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão.
Desejava, Senhor,
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem,
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair,
E uma loja de esperança
Para todas as mães.
Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.
Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.
Eu queria, Jesus,
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
A fim de achar nos outros,
Nos outros que me cercam,
Filhos de Deus
E meus irmãos que devo compreender e respeitar.
Desejava, Senhor, que a bênção do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia,
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir,
Na pequenez de minha condição,
A luz que vinha da canção Entoada nos Céus:
 - “Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra, Boa Vontade em tudo,
Agora e para sempre!...
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier
                     
   
                                                     

Muita Paz.
RoseRolim

FUTURO DO PLANETA

Futuro do Planeta
                    http://www.mensagensdeluz.org/
                    Vanderlei Bacic  de Araujo.
Quando estamos nos preparando para retornar no plano físico, fazemos projetos de vida de um ponto onde paramos, incluindo profissão, religião, companheiro (a) e filhos. Esses espíritos que se ligarem a nós serão por afinidades de acordo com a nossa evolução e vidas anteriores. O projeto é feito dentro da harmonia e moral que Deus instituiu e o nosso irmão Jesus Cristo é o responsável pela sua execução no planeta.
O futuro reservado ao planeta Terra, só depende de cada um de nós ao ingressarmos no útero da nossa futura mãe. Nosso campo de energia se liga com a encarnante. A obrigação da sociedade como um todo é dar assistência pré-natal para o futuro irmão nosso que está se preparando para ingressar no mundo físico. Ao nascer, os pais terem condições financeiras em educá-lo e criá-lo de acordo com as necessidades.
Ao ingressar na fase da escola é dever do Estado ampará-lo com os conhecimentos adequados ao que mais se adaptar. No princípio dos estudos, devem-se ensinar os conceitos da língua do país onde nasceu, escrever, ler corretamente e aprender a matemática para se poder viver de forma honesta e moral.
Passando esta fase por meio de teste, observar em que esse ser humano se adapta nos estudos existentes na nossa época ou futuro. O espírito terá opção de escolher o que trouxe dentro da sua consciência e por em prática que reverterá em seu próprio benefício e da sociedade. Por exemplo, alguns poderão preferir trabalhos simples e manuais outros aptos por ciências, engenharia, medicina, astrologia, psiquiatria e muitas outras profissões em que se adaptar.
Em cada profissão escolhida por intermédio de testes, analisando a capacidade de cada um, será administrado todo conhecimento referente a cada profissão, mas não se esqueçam, qualquer que foi o trabalho a seguir você será digno dele e a sociedade por colaborar com a evolução sua e do planeta.
Após a formação intelectual vem à sobrevivência por intermédio do trabalho. Uma lei estabelecida para que todos os responsáveis pelos países e cidades dar condições de um trabalho digno a cada um de seu cidadão. Esse mesmo trabalho terá uma remuneração satisfatória para uma família ou pessoa se manter dentro da sociedade.